Dice que não te ia chatear mais,
e não consigo cumprir o dito, porque no fundo sabes que te AMO, e lamento que
tudo tenha ido por agua abaixo, porque no teu coração sentes que es um
inquilino como dissês. Más no fundo se fores honesto na nossa relação sabes que
não.
lunes, 16 de junio de 2025
Tenho os meus defeitos, assim com
qualquer pessoa, mesmo tú, e aprendi a conviver com eles. Sinto que neste
instante estas a ser muito intransigente, e reconheço que se pensarmos apenas
em nós, é uma reação mais que normal.
Que dizer a alguém que ama, y que
se entrego, que perdoou apesar de levar as lembranças.
Sinto imenso a tua falta, quero
acreditar que tú também, más não imagino o meu futuro sem tí mesmo na certeza
de que não colherei nada, pois não estou atrás das tuas posses, más sim daquilo
que sinto a teu lado.
Dizes que a tua decisão teria
marcha atras, se formos só os dois, e é que não o somos? Nunca permiti
interferência de ninguém, mesmo da última vez que estive na Holanda. Não
permiti jamais fazer caso ao que outros dissiam, pois não me importa o que os demais
digam.
A minha filha nem vem a casa, pois esta no seu trabalho e em sua casa,
as minhas irmãs o mesmo. A que interferência falas? Não dei ouvidos a Maria quando chamou para cá.
De que interferência falas, se não faço mais que ir de casa ao trabalho.
Se foi pela carrinha, na primeira
vez sim te disse que seria arriscado por um tempo incerto de trabalho. Mas
lembro-me que numa chamada, me disseste que tinhas averiguado o que era preciso
para a levares e poder andar com ela. Julgo que não te disse que não. Não
tocaste mais o tema, apenas o procurar uma passajem para a Holanda para
Janeiro, Sei que falaste da possibilidade de ela uma vez mais comprar em
nome dela um carro como da outra vez e te disse que não. Não me disseste nada,
apenas te sentiste contrariado, não me tornaste a plantear a possibilidade de
passar a carrinha a teu nome e a levares para lá.
Falas da herança do meu Pai, de
donde julgas que paguei a divida da Holanda, as viagens que tens feito, de
donde estivemos a comer durante o tempo que não consegui trabalho. Ou julgas
que nunca acabaria. De donde comprei a casa e o carro, e a carrinha para irmos
as feiras. Não há mais herança do Pai Paulo.
O MEU ÚNICO ERRO E MANTENHO TER
ERRADO, ter dado as boinas, más não foi por ela ter andado a remexer as
gavetas. Apenas preguntou se tinha um gorro, e apesar de teres dito que as
trouxeste porque as querias, não me lembrei, (alguma vez te menti?) e as dei, fui
eu que as busquei. Esse meu erro, e julgo que neste instante pesa isso mais do
que nada. E continuo a dizer que te Amo. Nunca me chateei pela Sara entrar no
quarto a procura das pinturas das unhas, pegar nelas e não esperar por eu
chegar. Muito pelo contrário disse que estivesse a vontade.
Olha as voltas da vida, parece
que chega o fim dum período preto na Venezuela, e possivelmente a minha filha
retorne, e o meu filho não venha. Pois como vez tudo pode mudar a volta, mas
nós continuamos no mesmo lugar.
Nunca disse que a tua filha era
uma parasita, esse termino é teu, só referi o facto de que não comia até eu
chegar, pois não sabia fazer. No entanto a recebi e estive com ela até ir
embora, dei-lhe dinheiro na ida para a Holanda, para tomar o pequeno-almoço
pois não o tinha feito em casa, pois demorou a arranjar-se. E ela não tinham-lhe
dado dinheiro para seus gastos aqui, levei-a a passear nos meus dias de folga,
ainda busquei a Adelaide para as duas estarem a passear a vontade no Centro
comercial. Nunca fiz a tua filha a um lado.
Quem interfere na nossa relação,
são mesmo os teus medos, a tua falta de segurança em acreditares que és uma
pessoa que é importante para alguém. Tenho um mundo de preguntas sem resposta e
imenso medo a faze-las, pois sei que me iras dizer que não te queres incomodar,
ou não pretendes dar explicações. Como responder-me quando na quarta me das uma
rosa que ainda esta viva recordando-me de ti, e me ofereces uma arca
congeladora. Como consigo entender o que te leva na alma. Meu único erro dar
duas boinas.
Que me responderias se te pusesse
condições para te ter a meu lado. A única condição que pretendo, é que me ames
e que confies, que acredites.
Se leres esta carta até o fim, e
antes de ires para a Holanda julgas que podemos ser. Sabes o meu telefone. Se
umas boinas são mais importante do que ambos temos percorrido e ultrapassado
juntos. Saberei respeitar a tua decisão. Só quero que saibas, o que sinto por
ti, é muito real, talvez os teus medos não te permitam ver isso. E o teu passado
se antepõe.
Escrito por María Lasalete Marques en 16:46 0 comentarios
martes, 15 de marzo de 2016
O velho albúm......
Hola....
Hoje sinto estar a viver um daqueles dias que ninguém desejar viver. Durante anos vivi longe dos meus.
Foi uma escolha minha, uma escolha da qual muito aprendi, muito ganhei, mas muito perdi,
Uma escolha donde fazemos tudo a um lado y fazemos caminhos sem um guia, sem coordenadas, sem astrolábio.
Pois acreditamos no lado romântico da lua, e vemos num eclipse algo de miraculoso.
No instante de desejar retornar ao seio da minha família, daquela família que não escolhi, e que a vida me impôs, julguei encontrar tudo tal cual o tinha deixado todo o amor que respirei durante 19 anos de partilha, esqueci-me julgo eu, de descontar os anos de infância, não deveria ser contabilizada. Durante as minhas viajes de visita aos meus País, nunca senti que alguma coisa tivesse mudado, era tempo de festa, julgo que para mi e para eles.
Hoje na ausência deles, encontro que a vida obra aglossias nas pessoas, somam-se experiencias que na minha ausência modificaram a forma de ser.
As transformações inerentes, condicionam o como somos, também mudei, só que o ter estado sempre longe, me fez ter de sobreviver sozinha a cada circunstancia, pois não tinha as assas dos meus País, para me ajudar a casa deles donde me refugiar, ou os brezos da mãe para me aconchegar.
Isto não me tornou melhor ou pior pessoa, só me fez valorizar mais ainda, os instantes que tenho a oportunidade de disfrutar. De gozar plenamente de braços abertos os instantes que chegam a mi.
Sonhar, só quando durmo, e porque não consigo gerir o inconsciente, não me permito sonhar acordada, pois muitas vezes o preço de acordar destes sonhos é muito duro. Desacorrentaria um nefasto pesadelo.
Nunca tive e celebrei anos com minhas irmãs e meus País, não vi nascer nem crescer os meus sobrinhos. Sempre me senti quem chega, nunca quem esteve. Este é o preço que o imigrado leva consigo, a mala das saudades.
O retornar sentindo-se estrangeiro. O relicário de imagens a que nos aferramos quando o coração aperta.
Cuidar daquilo que o tempo deteriorou, travar o esquecimento, avivar a memória tem muitas vezes repercussões. Sobre tudo quando alguém pretende ser juiz sem ter razão, quando assumimos o que os outros pensam o fazem de acordo a nossa intuição.
Julgo que vivemos num tribunal constante, somo incriminados, julgados, encarcerados, para não falar das vezes que somos enterrados nos sentimentos de outros.
Muitas outras é uma mensagem quem nos da a conhecer a inconformidade de alguém, pois parece que não se usa a visita, o telefonema, evadem o confronto. Isso chama-se perder o tempo. Se tens algo para me dizer…, escuta também tenho muito a dizer.
Julgo que a verdade sempre sai do coração, pois a razão apenas filtra o que se tem a dizer. E a mentira camuflei-a o confronto que mais se teme.
A muitos anos um álbum permaneceu indemne, de imediato se tornou esquecido, pedi-o para copiar as imagens que me foram unindo a um passado escrito.
Um passado nunca reconhecido, pois muitas delas não formam parte do meu tempo, das minhas lembranças. Tomei a iniciativa de dar uma nova cara, uma nova vida ao que minha mãe guardava com tanto cuidado, muitas tantas fotografias guardadas numa caixa, compunham as lembranças que se deixou para trás numa despedida sem tempo de retorno.
Pois igual a mim, eles também cruzaram o mar, a procura de alguma coisa. Isto vastou para me dizerem numa mensagem:
“Julgo que o álbum foi pedido emprestado mas estou a ver que já tem uma dona.”,
Julgo qué…..más ….dona…dona de que? ….Do que por direito é de todas, Por ter tomado a iniciativa de arranjar o que estava roto, deteriorado do tempo, das viagens, das mudanças. Julguei ter direitos iguais, apesar de estar ausente pelo simples facto de ser filha de ser irmã. Esqueci-me das origens de imigrantes e dos direitos que se perdem quando se toma isto por opção.
Do que ficou, detido no tempo. Hoje no meu espaço, sinto maior o vazio, Pois nada poderá preencher jamais o espaço que eles deixaram.
Hoje sinto estar a viver um daqueles dias que ninguém desejar viver. Durante anos vivi longe dos meus.
Foi uma escolha minha, uma escolha da qual muito aprendi, muito ganhei, mas muito perdi,
Uma escolha donde fazemos tudo a um lado y fazemos caminhos sem um guia, sem coordenadas, sem astrolábio.
Pois acreditamos no lado romântico da lua, e vemos num eclipse algo de miraculoso.
No instante de desejar retornar ao seio da minha família, daquela família que não escolhi, e que a vida me impôs, julguei encontrar tudo tal cual o tinha deixado todo o amor que respirei durante 19 anos de partilha, esqueci-me julgo eu, de descontar os anos de infância, não deveria ser contabilizada. Durante as minhas viajes de visita aos meus País, nunca senti que alguma coisa tivesse mudado, era tempo de festa, julgo que para mi e para eles.
Hoje na ausência deles, encontro que a vida obra aglossias nas pessoas, somam-se experiencias que na minha ausência modificaram a forma de ser.
As transformações inerentes, condicionam o como somos, também mudei, só que o ter estado sempre longe, me fez ter de sobreviver sozinha a cada circunstancia, pois não tinha as assas dos meus País, para me ajudar a casa deles donde me refugiar, ou os brezos da mãe para me aconchegar.
Isto não me tornou melhor ou pior pessoa, só me fez valorizar mais ainda, os instantes que tenho a oportunidade de disfrutar. De gozar plenamente de braços abertos os instantes que chegam a mi.
Sonhar, só quando durmo, e porque não consigo gerir o inconsciente, não me permito sonhar acordada, pois muitas vezes o preço de acordar destes sonhos é muito duro. Desacorrentaria um nefasto pesadelo.
Nunca tive e celebrei anos com minhas irmãs e meus País, não vi nascer nem crescer os meus sobrinhos. Sempre me senti quem chega, nunca quem esteve. Este é o preço que o imigrado leva consigo, a mala das saudades.
O retornar sentindo-se estrangeiro. O relicário de imagens a que nos aferramos quando o coração aperta.
Cuidar daquilo que o tempo deteriorou, travar o esquecimento, avivar a memória tem muitas vezes repercussões. Sobre tudo quando alguém pretende ser juiz sem ter razão, quando assumimos o que os outros pensam o fazem de acordo a nossa intuição.
Julgo que vivemos num tribunal constante, somo incriminados, julgados, encarcerados, para não falar das vezes que somos enterrados nos sentimentos de outros.
Muitas outras é uma mensagem quem nos da a conhecer a inconformidade de alguém, pois parece que não se usa a visita, o telefonema, evadem o confronto. Isso chama-se perder o tempo. Se tens algo para me dizer…, escuta também tenho muito a dizer.
Julgo que a verdade sempre sai do coração, pois a razão apenas filtra o que se tem a dizer. E a mentira camuflei-a o confronto que mais se teme.
A muitos anos um álbum permaneceu indemne, de imediato se tornou esquecido, pedi-o para copiar as imagens que me foram unindo a um passado escrito.
Um passado nunca reconhecido, pois muitas delas não formam parte do meu tempo, das minhas lembranças. Tomei a iniciativa de dar uma nova cara, uma nova vida ao que minha mãe guardava com tanto cuidado, muitas tantas fotografias guardadas numa caixa, compunham as lembranças que se deixou para trás numa despedida sem tempo de retorno.
Pois igual a mim, eles também cruzaram o mar, a procura de alguma coisa. Isto vastou para me dizerem numa mensagem:
“Julgo que o álbum foi pedido emprestado mas estou a ver que já tem uma dona.”,
Julgo qué…..más ….dona…dona de que? ….Do que por direito é de todas, Por ter tomado a iniciativa de arranjar o que estava roto, deteriorado do tempo, das viagens, das mudanças. Julguei ter direitos iguais, apesar de estar ausente pelo simples facto de ser filha de ser irmã. Esqueci-me das origens de imigrantes e dos direitos que se perdem quando se toma isto por opção.
Do que ficou, detido no tempo. Hoje no meu espaço, sinto maior o vazio, Pois nada poderá preencher jamais o espaço que eles deixaram.
Escrito por María Lasalete Marques en 22:26 0 comentarios
sábado, 9 de enero de 2016
Conta final
Querido xxxxxxxx
Desculpa esta, más ontem quando li o que ias escrevendo,
senti imensa ironia no tempo. Desde que foste embora tenho tratado de que a tua
decisão fosse reversível, más até a o dia de hoje, o teu rotundo não foi
determinante, apesar de que os teus sentimentos sejam diferentes ao teu pensar.
Ainda quero acreditar
que todos estes anos foram sentimentos reais, pelo menos os meus tem sido
autênticos.
Tenho a certeza que eu jamais poderei contrariar o que teus
fantasmas e teus pensamentos te fazem sentir. As constantes inseguranças com
respeito a razão do estar das pessoas a teu lado. È alguma coisa que te mantém
distante, de tudo aquilo que posso dar-te ou oferecer-te.
O que sentes mais que real, é o como te sentes, e a tua
precessão sempre demarcada pelas tuas experiencias passadas. Por isso aceito
que eu não tenho forças para ir contra isso. És tu e não pretendo mudar
ninguém.
Deste-me a escolher entre o nós, e o que sou, os meus
filhos, mesmo que não viva com eles. Más antes de qualquer coisa e de maneira
muito fria, te direi eles são parte de mim. E se ajudo a uma pessoa que chegou
a minha vida a meia dúzia de anos, mais que obrigação tenho para com eles.
Não vou colocar em posição alguma os meus sentimentos. Nem
tenho de mostrar nada a ninguém. Assim que após a última vez que conversamos e
como as historias sempre estarão mal contadas, não quero estar sempre aos
sobressaltos.
A tua decisão como dizes tu e mais que respeita-la, já foi
aceite por mim:
“Só tem volta atrás se eu poder estar só contigo, pois foi a decisão que tomei para a minha vida De outra maneira é-me impossível Enquanto achar que outros possam interferir no meu bem-estar contigo, não há nada a fazer”
“Eu sei como me senti, por pensar que tinha uma coisa e afinal, alguém viu e de imediato levou. Isso foi um mau presságio na nossa relação.”
A nossa relação tem sido imensamente vulnerável, pois por pequeno que seja os factos que se assemelhem as tuas experiencias passadas, te apartam.
Por isso Paulo julgo que apesar do que sintamos ambos, vai existir uma imensa parede entre nós. E prefiro ficar por aqui. Pois não tenho que dar provas do que sou a ninguém, nem tenho que demostrar com escolhas o que Amo ou não.
SOU MÃE, sou mulher, sou companheira. Até sempre.
“Eu sei como me senti, por pensar que tinha uma coisa e afinal, alguém viu e de imediato levou. Isso foi um mau presságio na nossa relação.”
A nossa relação tem sido imensamente vulnerável, pois por pequeno que seja os factos que se assemelhem as tuas experiencias passadas, te apartam.
Por isso Paulo julgo que apesar do que sintamos ambos, vai existir uma imensa parede entre nós. E prefiro ficar por aqui. Pois não tenho que dar provas do que sou a ninguém, nem tenho que demostrar com escolhas o que Amo ou não.
SOU MÃE, sou mulher, sou companheira. Até sempre.
Escrito por María Lasalete Marques en 15:20 0 comentarios
Carta jamás enviada
Mientras mi
cuerpo y alma se fundían al sentimiento de Amar, tu corazón se iba moldando a
mis afectos. Sin embargo la voz de tus fantasmas pudo gritar más alto y disipar
todo lo que podíamos haber logrado.
La voz del miedo,
de las incertezas se apoderó de tu alma y de tu mente abriendo la mazmorra donde
yacían latentes los fantasmas del pasado.
Echaste por
tierra todas las batallas que juntos habíamos logrado, diste oídos a tus miedos
que deberías haber mantenido distantes de la luz del amanecer.
En aquella playa
juramos luchar juntos y escribir una historia, hoy la distancia nos mantiene
distantes y como todo en la vida tiene un fin, los dados fueron lanzados el juego quedo en otras manos.
La cuenta
regresiva llega al final, creí que fuera posible construir sobre destrozos
pasados, pero no tengo fuerzas para luchar contra la mare. Si aprendí luchar
también aprendí a retirarme a tiempo. Aprendí que las historias se construyen a
dos, y cuando miramos horizontes distintos, todo termina.
Solo lamento no
haber sabido a tiempo que era la escalera para subir la encuesta, y que cuando pasara tu tormenta, desearías embarcarte
en tu propia aventura del vivir. Yo he construido mi mundo con mis propios
recursos. Mis sueños jamás usaron otros para alcanzar cuerpo y alma. Pues la
derrota con el tiempo te deja las manos vacías. Vuela como el viento.
Nunca supiste
realmente que las raíces pesan, pues jamás conservaste raíces. No sabes lo que
significa amar realmente, nunca coloques a una mujer el tener que escoger entre
amores. Pues la voz de las entrañas ciertamente gritará más alto. Y si no sabes
de ese sentimiento, no juegues al progenitor perfecto, pues otros fueron los
que hicieron lo que tú deberías haber hecho.
Nunca es tarde
para descubrir la verdad que se trata de camuflar con palabras bonitas, es el
tiempo que nos revela el verdadero yo de las personas. Y si viste un futuro
incierto yo viví un presente de falsedad.
Escrito por María Lasalete Marques en 9:39 0 comentarios
lunes, 30 de noviembre de 2015
Querida amiga
Hace tiempo que
el silencio es presencia entre nosotras, talvez estemos muy ocupadas en
nuestras diarias tareas, o es que realmente la proximidad de las letras connota
que necesitamos alguien que nos escuche y que no sea personaje en nuestra
historia.
Hace algunos años
intente rehacer mi vida, encontré alguien fantástico, alguien que tenia alguna aficiones
como las mías, escribía, pintaba, le gustaba descubrir lo ya descubierto, pero
siempre era una aventura nueva.
Compartía y disfrutaba
cada instante mágico, desde un picnic bajo la sombra de pinedos, hasta el
recorrer kilómetros en bicicleta, siempre que el tiempo estuviera dispuesto a
ello.
Bailábamos a la
luz de velas, encendía incienso y velas, disfrutamos cada instante, me sentía realizada
intensamente. Hasta que el fantasma de los celos destruyo todo el encanto
posible, termino por hacerme a un lado, en ese momento como sabes me encontraba
en un País que comenzaba a integrarme.
Pero tuve que
buscar casa para dónde ir, fue difícil ya que mi salario era pequeño para
recurrir al alquiler, pero lo conseguí con intermediación de una amiga arrendar
mi espacio.
A los pocos
meses, volvió a mí pidiendo que retomáramos nuestra relación, según quería recomenzar
pues estaba seguro de haber enterrado sus dudas, colocándole un epitafio de
pasado.
Tuve miedo y
realmente preferí mantener una relación cada quien en su espacio, pero seguíamos
estando presentes en la vida de cada uno. Hasta que la muerte de mi Padre marco
un ante y un después, había perdido dos seres de los cuales el inmenso vacío
hasta la presente fecha no he podido menguar, no he podido rellenar esos
espacios vacíos que se mantiene en mi vida.
La distancia de
mis hijos, la zozobra constante y diaria de un País que lucha por sobrevivir,
por una población que agota resistencia diaria para conseguir alimentos que
desaparecen. Que viven el temor constante de una delincuencia para quien la
vida es menos importante de lo que desean adquirir, no importa los medios
apenas lo que logren.
Decidí recoger
mis partencias y venir a radicarme en el País en el cual estoy actualmente, al
poco tiempo apareció una vez más el hombre que logro atrapar mi atención y mis
afectos, Me permití un nuevo comienzo, una nueva oportunidad.
Si de algo nadie
me puede acusar es de haber sido desleal a mis principios, a mi misma y con
quienes estuvieron a mi lado. Creo que ese es el mayor legado que herede de mis
padres.
Leí una vez el
cuento del papel arrugado, que jamás podremos eliminar las quiebras hechas, por
más que intentemos, siempre existirán líneas frágiles, que debilitan su
resistencia, creo que de esta vez los miedos habitaban en los dos. Por más
silentes que ellos se mantuvieran, estaban presentes. Ya no hubo más noches de
encanto y de locura, días de láser, nunca más existió la magia idílica del príncipe
y la princesa, de los cuentos de hadas y de pasión.
La cotidianidad,
el aburrimiento penetro un día a hurtadillas y se instaló, volvimos a él ver la
tele y yo delante del ordenador. Yo a ir
a dormir primero y el a ver hasta la última película que su resistencia le permitía,
el silencio se instaló.
Puedo decir que
ninguno hizo nada por contrariar esta situación, desde mi perspectiva yo veía que
los días pasaban y el no intentaba buscar trabajo, yo monte un negocio que
termino siendo engullido por la falta de experiencia. Sin salario, estábamos
viviendo de los recursos que herede de mi Padre.
Decidí cerrar el capítulo
de empresaria y comencé a buscar trabajo, mientras yo lo buscaba en el País
donde residía, él intentaba recurrir al País de donde vino, creo que sin darnos
cuenta nuestros horizonte de distanciaban.
Cuando se tiene
más de 50 años que difícil es que miren tu currículo y te empleen, Pero gracias
a mi idioma Materno conseguí empleo, durante todo ese tiempo trabaje el doble
del tiempo, para poder mantener los gastos de casa, mientras el hombro que debería
apoyarme, apenas seguía su búsqueda y su rutina.
La vida da
innumerables vueltas, durante este tiempo le dije que se fuera, pues su pasividad
hacia que perdiera la cordura, el decidió aventurarse una vez más en el foráneo
País, pero su búsqueda fue infructífera.
No paso mucho
tiempo que regresó y volvimos aceptando cada uno sus temores, sus miedos, de
verdad que lo intentamos, hasta creí que había logrado la homogeneidad total, a
pesar de que existían algunos puntos que quedaban a la deriva y que desde su
regreso habían mudado. Siempre inferí que
su medicación influyera, pero el sentirme arropada, sentirme junto a alguien
que en la noche estuviera presente, la compañía, el llegar a casa y encontrar
la luz encendida era el alibi por el cual todo lo demás no importaba. MIEDO A
LA SOLEDAD al espacio solitario.
Creí que durante
todo este tiempo habíamos logrado el punto de equilibrio entre nuestras
diferencias. Lejos de pensar que él aún se sentía inseguro en esta relación,
hasta que lo comprendo. Es muy difícil para un hombre que sea la mujer quien
ocupa su posición en el hogar. Pero los tiempos feudales hace mucho que
claudicaron. Y las cartas estaban sobre la mesa, era una situación que en algún
momento podía mudar.
Y mudo, surgió el
tan anhelado empleo, mismo que estuviéramos lejos, conversábamos a diario, lo
vi feliz pues podía ser independiente, podía
comprar la ropa que durante años no pudo. Fui a su encuentro en mis vacaciones,
fue hermoso creo que por fin podíamos comenzar a escribir nuestro camino.
Llego el momento
anhelado del retorno por algún tiempo para pasar las Navidades juntos. Pero …. No
llego a la semana que todo rodo por el suelo. Algo en sus planos cuando
regresara al País donde seguiría trabajando no fue el deseado. Hace algún tiempo
había regalado algo que no crei significara tanto para él, pues desde que lo
tengo jamás lo había usado. Su búsqueda infructuosa hizo con que me preguntará
por ello, y le explique que lo había dado.
Fue la gota que lleno
su sensatez, y aquella inseguridad silenciada, salió a relucir, decidió hacer
su maleta para irse, Por más que le explique, que le argumente, cada frase mía
era una estaca que se clavada en mi propia defensa. Su más valioso argumento era que a mi lado no tenía
futuro, que el día que yo no estuviese todo lo que yo tenía seria de mis hijos,
probablemente desalojado de la casa pues no le pertenecía. Miles de verdades
sentidas en su interior, silenciadas, y que basto un descuido mío al dar algo
que aunque jamás uso, no estaba olvidado.
Hoy caminamos
distanciados, viviendo nuevamente una perdida, pero segura que no puedo
contrarias esta situación, ya que no podre jamás borrar sus fantasmas, y darle
la seguridad que él precisa. Sus miedos habitan el mayor enclave de su alma. Y
nada de lo que pueda hacer será lo
suficientemente fuerte que destruya las raíces que fueron tomando su espacio en
el transcurso de su vida.
Upsss querida
amiga ya son las 4 de la mañana y aún sigo tecleando esta, pues espero que tus
sueños rosa sigan alcanzando las estrellas. Un inmenso abrazo.
Escrito por María Lasalete Marques en 10:55
domingo, 29 de septiembre de 2013
Don Diablo - Edge Of The Earth (Official Music Video)
Escrito por María Lasalete Marques en 19:21 0 comentarios
miércoles, 25 de septiembre de 2013
Creo que vuelvo a
tener la necesidad imperiosa de escribir en las hojas blancas del corazón de mi
amigo, muchas veces olvidado, otras tantas anhelado de su presencia. El tiempo
parece haberse detenido y cada día es un despertar inmersa en una rutina
asfixiante nada productiva.
He sentido un
enorme aprieto en mi corazón, la ausencia de mis hijos, de mis nietos me ha
estado angustiando más y mas, ese lugar donde antes me sentía segura se ha ido
mermando y pocos son los lugares que conozco por no decir inexistentes, donde
refugiarme y dejar que sea esa voz interior que fluya para orientar mi rumbo.
Todo parece que
llego a un límite donde no hay mas camino a seguir, y siento necesidad de
retorno. Hace algunos días fue el aniversario de la muerte de mi Padre, creo
que hubieron heridas que no tuvieron tiempo de sanar, siento la nostalgia de
sus palabras, de sus abrazos, de esas horas inmensurables oyéndole las
historias repetidas.
Una vez más
recomenzando mi vida que quedo desmoronada hace años. Preciso de sentir control inmediato en cada
proyecto que desearía emprender, pero el poco conocimiento que tengo me hace
repensar si mi escoja es la más idónea.
Este tiempo ha
sido muy angustiante, siento que mi mente se bloquea e mas que pensar en
resolver situaciones, siento apenas que mi mente se llena de preguntas, ideas,
dudas y que carece de respuestas inmediatas. Ya viví una vez esta sensación y
realmente no fue nada alentadora. Tengo ganas de regresar a mi lugar, de donde jamás
debí haber salido, la falta de la zona de confort me atormenta.
Pocas son las
cosas que me están entusiasmando hacer,
y muchas son las retiradas que deseo hacer. Es fácil para muchos pensar
desde su confort, cuando oigo personas que te animan a redescubrirte, veo e
analizo sus vidas y creo que desde su posición es fácil, o al menos eso creo.
Cuando se ha perdido todo lo que de importante teníamos en la vida, y no hablo de posesiones, hablo de la
familia, la pareja, los hijos, la autoestima, la confianza, la seguridad, la
propia esencia de mujer. No nos queda mucho que redescubrirnos y el deseo de
vivir se hace menos prolijo.
Con afecto sempre
Maria Lasalete Marques
Escrito por María Lasalete Marques en 8:13
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a quien las quisimos hacer llegar, distancias que se acercaban y que quedaron inscritas en el añil de un papel sutilmente perfumado.
Muchas son las cartas que se guardan como tesoros secretos de un tiempo, un sentir, una suplica, un amor y desamor al mismo tiempo.
Quien no ha comenzado con una misma frase…..
Querido Amor.