Hola....
Hoje sinto estar a viver um daqueles dias que ninguém desejar viver. Durante anos vivi longe dos meus.
Foi uma escolha minha, uma escolha da qual muito aprendi, muito ganhei, mas muito perdi,
Uma escolha donde fazemos tudo a um lado y fazemos caminhos sem um guia, sem coordenadas, sem astrolábio.
Pois acreditamos no lado romântico da lua, e vemos num eclipse algo de miraculoso.
No instante de desejar retornar ao seio da minha família, daquela família que não escolhi, e que a vida me impôs, julguei encontrar tudo tal cual o tinha deixado todo o amor que respirei durante 19 anos de partilha, esqueci-me julgo eu, de descontar os anos de infância, não deveria ser contabilizada. Durante as minhas viajes de visita aos meus País, nunca senti que alguma coisa tivesse mudado, era tempo de festa, julgo que para mi e para eles.
Hoje na ausência deles, encontro que a vida obra aglossias nas pessoas, somam-se experiencias que na minha ausência modificaram a forma de ser.
As transformações inerentes, condicionam o como somos, também mudei, só que o ter estado sempre longe, me fez ter de sobreviver sozinha a cada circunstancia, pois não tinha as assas dos meus País, para me ajudar a casa deles donde me refugiar, ou os brezos da mãe para me aconchegar.
Isto não me tornou melhor ou pior pessoa, só me fez valorizar mais ainda, os instantes que tenho a oportunidade de disfrutar. De gozar plenamente de braços abertos os instantes que chegam a mi.
Sonhar, só quando durmo, e porque não consigo gerir o inconsciente, não me permito sonhar acordada, pois muitas vezes o preço de acordar destes sonhos é muito duro. Desacorrentaria um nefasto pesadelo.
Nunca tive e celebrei anos com minhas irmãs e meus País, não vi nascer nem crescer os meus sobrinhos. Sempre me senti quem chega, nunca quem esteve. Este é o preço que o imigrado leva consigo, a mala das saudades.
O retornar sentindo-se estrangeiro. O relicário de imagens a que nos aferramos quando o coração aperta.
Cuidar daquilo que o tempo deteriorou, travar o esquecimento, avivar a memória tem muitas vezes repercussões. Sobre tudo quando alguém pretende ser juiz sem ter razão, quando assumimos o que os outros pensam o fazem de acordo a nossa intuição.
Julgo que vivemos num tribunal constante, somo incriminados, julgados, encarcerados, para não falar das vezes que somos enterrados nos sentimentos de outros.
Muitas outras é uma mensagem quem nos da a conhecer a inconformidade de alguém, pois parece que não se usa a visita, o telefonema, evadem o confronto. Isso chama-se perder o tempo. Se tens algo para me dizer…, escuta também tenho muito a dizer.
Julgo que a verdade sempre sai do coração, pois a razão apenas filtra o que se tem a dizer. E a mentira camuflei-a o confronto que mais se teme.
A muitos anos um álbum permaneceu indemne, de imediato se tornou esquecido, pedi-o para copiar as imagens que me foram unindo a um passado escrito.
Um passado nunca reconhecido, pois muitas delas não formam parte do meu tempo, das minhas lembranças. Tomei a iniciativa de dar uma nova cara, uma nova vida ao que minha mãe guardava com tanto cuidado, muitas tantas fotografias guardadas numa caixa, compunham as lembranças que se deixou para trás numa despedida sem tempo de retorno.
Pois igual a mim, eles também cruzaram o mar, a procura de alguma coisa. Isto vastou para me dizerem numa mensagem:
“Julgo que o álbum foi pedido emprestado mas estou a ver que já tem uma dona.”,
Julgo qué…..más ….dona…dona de que? ….Do que por direito é de todas, Por ter tomado a iniciativa de arranjar o que estava roto, deteriorado do tempo, das viagens, das mudanças. Julguei ter direitos iguais, apesar de estar ausente pelo simples facto de ser filha de ser irmã. Esqueci-me das origens de imigrantes e dos direitos que se perdem quando se toma isto por opção.
Do que ficou, detido no tempo. Hoje no meu espaço, sinto maior o vazio, Pois nada poderá preencher jamais o espaço que eles deixaram.
Hoje sinto estar a viver um daqueles dias que ninguém desejar viver. Durante anos vivi longe dos meus.
Foi uma escolha minha, uma escolha da qual muito aprendi, muito ganhei, mas muito perdi,
Uma escolha donde fazemos tudo a um lado y fazemos caminhos sem um guia, sem coordenadas, sem astrolábio.
Pois acreditamos no lado romântico da lua, e vemos num eclipse algo de miraculoso.
No instante de desejar retornar ao seio da minha família, daquela família que não escolhi, e que a vida me impôs, julguei encontrar tudo tal cual o tinha deixado todo o amor que respirei durante 19 anos de partilha, esqueci-me julgo eu, de descontar os anos de infância, não deveria ser contabilizada. Durante as minhas viajes de visita aos meus País, nunca senti que alguma coisa tivesse mudado, era tempo de festa, julgo que para mi e para eles.
Hoje na ausência deles, encontro que a vida obra aglossias nas pessoas, somam-se experiencias que na minha ausência modificaram a forma de ser.
As transformações inerentes, condicionam o como somos, também mudei, só que o ter estado sempre longe, me fez ter de sobreviver sozinha a cada circunstancia, pois não tinha as assas dos meus País, para me ajudar a casa deles donde me refugiar, ou os brezos da mãe para me aconchegar.
Isto não me tornou melhor ou pior pessoa, só me fez valorizar mais ainda, os instantes que tenho a oportunidade de disfrutar. De gozar plenamente de braços abertos os instantes que chegam a mi.
Sonhar, só quando durmo, e porque não consigo gerir o inconsciente, não me permito sonhar acordada, pois muitas vezes o preço de acordar destes sonhos é muito duro. Desacorrentaria um nefasto pesadelo.
Nunca tive e celebrei anos com minhas irmãs e meus País, não vi nascer nem crescer os meus sobrinhos. Sempre me senti quem chega, nunca quem esteve. Este é o preço que o imigrado leva consigo, a mala das saudades.
O retornar sentindo-se estrangeiro. O relicário de imagens a que nos aferramos quando o coração aperta.
Cuidar daquilo que o tempo deteriorou, travar o esquecimento, avivar a memória tem muitas vezes repercussões. Sobre tudo quando alguém pretende ser juiz sem ter razão, quando assumimos o que os outros pensam o fazem de acordo a nossa intuição.
Julgo que vivemos num tribunal constante, somo incriminados, julgados, encarcerados, para não falar das vezes que somos enterrados nos sentimentos de outros.
Muitas outras é uma mensagem quem nos da a conhecer a inconformidade de alguém, pois parece que não se usa a visita, o telefonema, evadem o confronto. Isso chama-se perder o tempo. Se tens algo para me dizer…, escuta também tenho muito a dizer.
Julgo que a verdade sempre sai do coração, pois a razão apenas filtra o que se tem a dizer. E a mentira camuflei-a o confronto que mais se teme.
A muitos anos um álbum permaneceu indemne, de imediato se tornou esquecido, pedi-o para copiar as imagens que me foram unindo a um passado escrito.
Um passado nunca reconhecido, pois muitas delas não formam parte do meu tempo, das minhas lembranças. Tomei a iniciativa de dar uma nova cara, uma nova vida ao que minha mãe guardava com tanto cuidado, muitas tantas fotografias guardadas numa caixa, compunham as lembranças que se deixou para trás numa despedida sem tempo de retorno.
Pois igual a mim, eles também cruzaram o mar, a procura de alguma coisa. Isto vastou para me dizerem numa mensagem:
“Julgo que o álbum foi pedido emprestado mas estou a ver que já tem uma dona.”,
Julgo qué…..más ….dona…dona de que? ….Do que por direito é de todas, Por ter tomado a iniciativa de arranjar o que estava roto, deteriorado do tempo, das viagens, das mudanças. Julguei ter direitos iguais, apesar de estar ausente pelo simples facto de ser filha de ser irmã. Esqueci-me das origens de imigrantes e dos direitos que se perdem quando se toma isto por opção.
Do que ficou, detido no tempo. Hoje no meu espaço, sinto maior o vazio, Pois nada poderá preencher jamais o espaço que eles deixaram.